MEU DEUS DARAH


Lá pras bandas do Oriente
o chamam, respeitosamente
de Alah
Na fronteira do Ocidente
onde matam tanta gente
seu nome é Jeovah
Eu aqui, baianamente
serei outro tipo de crente
vou louvar meu deus: Darah!

Porque tudo que preciso
é um teto pra morar
uma roupa pra vestir
algo pra me alimentar
e tudo isso já tenho
graças ao meu deus Darah

Pois Ele é onisciente
mais do que eu saberá:
o que preciso aprender
o que preciso ter
quanto preciso ganhar
o que preciso sofrer
o que preciso gozar

Se a doença me enfraquece
se meu amor me esquece
ou se a morte chegar
me abstenho de julgar:
observo o que me atinge
analiso o que me aflige
e entrego ao deus Darah

Fico atento ao que peço
E o que rolar, agradeço
sem me desesperar
se der, deu; se não, adeus
pois tudo o que acontece
é obra do deus Darah

E se Ele me negar, ô nêga
eu não vou duvidar
da sua sabedoria.
Já que não tenho juízo
tudo aquilo que preciso
quem me dá é o deus Darah