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Território Inimigo
Literatura, História, Museologia e Numismática. Sítio de Goulart Gomes, o criador do Poetrix.
Meu Diário
28/02/2010 16h29
FRÁGIL MEMÓRIA
 Enquanto trabalho em meu computador, meus filhos, na sala, assistem a uma homenagem de um programa televisivo ao grupo Mamonas Assassinas. Os jovens foram muito divertidos, é verdade, e marcaram uma geração.
Mas fico a me lembrar de quantos compositores geniais da nossa MPB estão hoje quase completamente esquecidos porque nunca contaram com nenhum apelo mercadológico.
Um grande exemplo é Humberto Teixeira, o grande parceiro de Luiz Gonzaga (ambos, na foto) em tantas músicas maravilhosas.
A memória do nosso país é ainda mais curta quando os lucros das partes interessadas são pequenos.

Para saber mais sobre Humberto Teixeira, clique aqui.
Publicado por Goulart Gomes
em 28/02/2010 às 16h29
 
24/02/2010 20h19
POETA BOI DE COICE E POETA BOI DE CAMBÃO
Trecho de entrevista de João Cabral de Melo Neto, publicada no Cadernos de Literatura Brasileira, do Instituto Moreira Sales.

Marly de Oliveira pergunta:
Uma coisa que impressiona é a sua memória e você ainda acha que ela não é mais a mesma. No entanto, tudo de que se lembra é com riqueza de detalhes. Por exemplo, houve um tio que lhe falou da diferença dos carros de boi de Pernambuco e do estado do Rio e você depois fez uma aproximação disse com a trajetória de alguns poetas. Como foi isso?

JCMN: Quem me falou dessa diferença foi meu tio-avô Diogo Cabral de Melo, que era juiz e chegou a desembargador no estado do Rio. Eu já o conheci aposentado, morando em Santa Teresa, quando vim para o Rio. Um dia ele me disse: "Em Pernambuco os carros de bois são puxados por duas juntas de bois e no Rio são puxados por três juntas". Pensei então em escrever um poema que falasse de "boi de coice" e "boi de cambão". Os bois de cambão são os que puxam o carro, os de coice são os que o freiam, quando ele está descendo uma ladeira. Eu pensava num poema que fosse uma tipologia geral. Por exemplo, Manuel Bandeira é um boi de cambão, o Schimidt é um legítimo boi de coice. Sartre é um boi de cambão, o Camus é um boi de coice. Não há superioridade de um sobre o outro. É uma questão de tipologia. Auden era boi de cambão, Eliot era boi de coice... Carlos Drummond, no princípio, era boi de cambão, acabou como boi de coice. Murilo Mendes tem pedaços de boi de coice e pedaços de boi de cambão. Walt Whitman era boi de cambão. Jorge Guillén é boi de coice. Dylan Thomas faz o possível para ser boi de cambão e só consegue ser boi de coice. Rimbaud é um misto, talvez o mais completo, de boi de coice e boi de cambão. Mallarmé é boi de cambão. Baudelaire é boi de cambão. Théophile Gautier é boi de cambão. Mário de Andrade é boi de cambão. Augusto dos Anjos é boi de coice. Proust, boi de coice. Valéry, boi de cambão. Isso, como você vê, não é questão de valor, mas de approach da realidade. Inclassificável é o Shakespeare, capaz de escrever a comédia mais engraçada e a tragédia mais trágica. 

Publicado por Goulart Gomes
em 24/02/2010 às 20h19
 
14/02/2010 15h17
Pelos caminhos de Minas Gerais

Veja 80 fotos das cidades históricas de Ouro Preto, Mariana, Congonhas e mais o Museu de Guimarães Rosa, em Cordisburgo e a fantástica Gruta de Maquiné, adicionadas na seção FOTOS.

Publicado por Goulart Gomes
em 14/02/2010 às 15h17
 
07/02/2010 11h36
Recorde de visitas em Janeiro/2010
TERRITÓRIO INIMIGO bateu o seu recorde de visitas em Janeiro/2010.
Foram 4146 leitores acessando o sítio. Muito grato pela "audiência"!
Publicado por Goulart Gomes
em 07/02/2010 às 11h36
 
24/01/2010 15h37
NOVO E-BOOK GRÁTIS: O HUMOR DO E-MAIL
Disponibilizei, hoje, na seção e-books, mais um livro para download gratuito. Trata-se de O HUMOR DO E-MAIL, EDIÇÃO DEFINITIVA.
Este livro reúne conhecidos e-mails humorísricos, de autores e origem desconhecidos, colecionados entre os anos de 1999 e 2009. Deixo claro que sou apenas o ORGANIZADOR desta coletânea, sem reivindicar a autoria de nenhum destes textos. São textos que circulam por aí, ora desta ora daquela forma, com pequenas alterações "ao gosto do freguês". Todos eles me foram enviados, por e-mail, como sendo de autores desconhecidos, com livre circulação na Internet. Pertencem ao domínio popular. Esclareço que estes textos de humor não representam necessariamente a minha opinião sobre os assuntos abordados. Eles foram selecionados exclusivamente pelos critérios de criatividade e bom humor, não sendo minha intenção ridicularizar nenhum grupo ou segmento, em particular. Antes, expressam aspectos da cultura popular, e como tal devem ser encarados.
Duas edições anterior dessa obra foram disponibilizados no site Virtualbooks, com centenas de downloads realizados.
Divirtam-se!


Publicado por Goulart Gomes
em 24/01/2010 às 15h37
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