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A todos, um grande abraço!
Uma arte
Elizabeth Bishop
Tradução de Horácio Costa
A arte de perder não tarda aprender;
tantas coisas parecem feitas com o molde
da perda que o perdê-las não traz desastre.
Perca algo a cada dia. Aceita o susto
de perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.
Pratica perder mais rápido mil coisas mais:
lugares, nomes, onde pensaste de férias
ir. Nenhuma perda trará desastre.
Perdi o relógio de minha mãe. A última,
ou a penúltima, de minhas casas queridas
foi-se. Não tarda aprender, a arte de perder.
Perdi duas cidades, eram deliciosas. E,
pior, alguns reinos que tive, dois rios, um
continente. Sinto sua falta, nenhum desastre.
- Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um ente
amado), mentir não posso. É evidente:
a arte de perder muito não tarda aprender,
embora a perda - escreva tudo! - lembre desastre.
Usando de um conceito junguiano, se os livros, as biografias possuem sua Sombra, nenhuma conseguirá ser mais sombriamente cruel e detratora que esta obra, que só merece ter um destino: a lata de lixo!
Muito melhor ler a excelente biografia escrita pela brasileira Nise da Silveira.
Uma empresa norte-americana é levada aos tribunais por contaminar com produtos químicos toda uma comunidade. O processo chega à casa dos milhões de dólares. O advogado Arthur (Tom Wilkinson), responsável pela defesa da empresa "surta" literalmente e passa a querer defender as vítimas, sendo "caçado" por sua agência. Michael (George Clooney), colega dele - cheio de problemas pessoais, viciado em jogo, pressionado por agiotas por causa de uma dívida de seu irmão, etc - tenta contê-lo mas, após o assassinato do amigo, desconfia da trama e passa a correr, também ele, risco de vida. Contando assim, parece óbvio... mas até entender tudo... haja pipoca!
