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Literatura, História, Museologia e Numismática. Sítio de Goulart Gomes, o criador do Poetrix.
Meu Diário
22/11/2007 13h50
Minimal, um dos máximos de Goulart Gomes

Minimal, um dos máximos de Goulart Gomes
por Márcia Tude

 Em sua Poética, Aristóteles já afirmava que a poesia nasce de uma necessidade de imitação de ações. Imitar não é copiar ou reproduzir fidedignamente a realidade, mas transpor o decalque, interferindo na originalidade de uma plataforma já construída. Neste sentido, o poetrix (neologismo criado a partir de poe, poesia e trix, três) é uma alternativa ao hai-kai e nasce das intervenções cognitivas que o seu criador, Goulart Gomes, pôde construir diante da árdua tarefa de sublimar o pré-existente, conscientemente ou não, adaptando os versos à realidade de uma contemporaneidade literária cada vez mais libertadora.

A esta liberdade une-se um gostoso fazer literário, onde os seus adeptos conseguem exprimir o máximo em apenas trinta sílabas, três versos e um título, aproveitando-se de metáforas, neologismos e expressões urbanas que representem um universo essencialmente minimalista e criativo. Minimal (Copygraf Editora, 2007), presenteia o leitor com quatrocentos poetrix em português, alguns traduzidos para o espanhol, italiano, francês, inglês e alemão. São versos escritos por Goulart ao longo de vinte anos de carreira, representando o que há de melhor neste gênero literário, instituído por ele em 1999, e que já extrapolou as fronteiras do Brasil, com adeptos em vários países, com destaque para Portugal e Argentina, além de Uruguai, Colômbia, México, Estados Unidos e Espanha. Além de ser uma leitura obrigatória para os poetrixtas já experimentados, Minimal traz o frescor da maturidade poética, tanto do gênero quanto do fazer literário do autor, tornando-se uma referência, também, para todos os que desejam compreender a leveza do poetrix. E não se trata de uma leveza descompromissada, fugaz, porque ater-se ao mínimo é, por vezes, muito mais trabalhoso do que afugentar-se em um vendaval de palavras.

Para conceber o título e o tamanho do seu mais novo trabalho (a edição é de bolso), o autor inspirou-se exatamente na opinião minimalista de Machado de Assis sobre o conto: “o tamanho não é o que faz mal a esse gênero de histórias, é naturalmente a qualidade; mas há sempre uma qualidade nos contos, que os torna superiores aos grandes romances, se uns e outros são medíocres: é serem curtos”. E ser curto e objetivo é condição fundamental para a prática do poetrix, o que o torna, ao mesmo tempo, gostoso de fazer para uns e motivo de superação para outros (para não falar dos desafetos, puristas, que “torcem o nariz” para a reconstrução da originalidade).

Com mais de dez livros publicados entre prosa e poesia, premiado em inúmeros concursos nacionais e internacionais, e participante em mais de vinte antologias internacionais, Goulart também é um dos fundadores do MIP – Movimento Internacional Poetrix, que mantém vibrante a criativa tradição dos tercetos, encontrando, na internet, um espaço ideal para circulação das mensagens, postagens e versos do grupo. Na introdução à Antologia Poetrix II, o autor afirma que, se pesquisarmos a palavra poetrix no Google, aparecerão mais de quarenta e três mil entradas.  É verdade. Virou uma febre. Mas é na apresentação de Minimal que se lê a opinião que me parece melhor representar o universo poetrixta de Goulart Gomes: Aila Magalhães escolhe três poetrix para afirmar que os versos de Goulart são “cheios de segredos por desvendar, repletos de entrelinhas que a muitos insinuam suas nuanças, mas por vezes carregados de pequenos dardos, sempre certeiros. No alvo. No ponto.”

Eu reitero Aila e, da sua sábia seleção, cito o belo Epílogo que parece resumir o pensamento múltiplo e a espiritualidade de Goulart Gomes, criador de uma linguagem poética cada dia mais universal; febre que se insinua, hoje, onde quer que se esteja:

 

                                                    EPÍLOGO

sim, sou eu

até que a morte

me separe

 

Publicado por Goulart Gomes
em 22/11/2007 às 13h50
 
08/11/2007 08h30
PRÉ-LANÇAMENTO DE MINIMAL



Dia 06/11, no Restaurante Grande Sertão, foi realizado o pré-lançamento do meu novo livro de poetrix:  MINIMAL, dos males o menor!, dentro do projeto POESIA NA BOCA DA NOITE. Desejo agradecer publicamente a todos que prestigiarem o evento e informar que estamos organizando o lançamento oficial da obra.
Publicado por Goulart Gomes
em 08/11/2007 às 08h30
 
17/10/2007 08h37
FOTOS HISTÓRICAS 14 - O MENINO E A COVA
Soldados e aldeãos cavam sepulturas para as vítimas de
um grande terremoto acontecido em 2002 no Irã enquanto um menino segura as calças do pai antes dele ser enterrado.

Publicado por Goulart Gomes
em 17/10/2007 às 08h37
 
16/10/2007 08h34
FOTOS HISTÓRICAS 13 - VIETNÃ 1965
Uma mãe cruza o rio com os filhos durante a guerra do Vietnã em 1965, fugindo da chuva de bombas americanas.
Publicado por Goulart Gomes
em 16/10/2007 às 08h34
 
15/10/2007 15h08
DORIS LESSING: PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA 2007
Fiquei alegre como um menino que acorda pela manhã com uma caixa enrolada em papel de presente aos pés da cama. Como quem vê o vizinho aparecer por dez segundos na TV, entrevistado no meio da rua, para o noticiário local, e grita: EU O CONHEÇO! Porque de todos os escritores premiados nos últimos anos com o Nobel, Doris Lessing é a única de minha intimidade. Explico: a única que eu li (e gostei), antes de ser premiada, por indicação do meu amigo professor-escritor Mayrant Gallo. A Academia sempre foi muito criteriosa e rigorosa em suas escolhas, apesar de, como todas as Academias, uma vez ou outra cometer alguma injustiça. A premiação de Doris é justa e merecida. Palmas para a Academia... nem tudo está perdido!
Publicado por Goulart Gomes
em 15/10/2007 às 15h08
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