NADA A FAZER
NADA A FAZER
existem guerras lá fora
e eu brinco com o mel da lua de néon
desenhada ao quadro-negro
quase nua, quase élan
um rasgo ao sofá
de luz, de plástico
na penumbra
além do som das buzinas
a chave oscipendulando
entranhada à porta batida
e um aroma vourejando;
nada além de ratos brancos
e cocô de lagartixas
nas fendas do soalho
nada como red
em seu aquário
que se deva compreender
ou respirar
ou desistir
um passo atrás
apenas, e daí?
é o bem, é o mal
que se nos faz
Goulart Gomes
Enviado por Goulart Gomes em 11/03/2007