PERMANENTE
PERMANENTE
Dizem-me as cãs
que chegam as manhãs das rugas
Escorridas as chuvas
aplacadas as rusgas
aro os sulcos
encharcos-lhes os furos
com água salgada
Esquecidos os futuros
guardo o pretérito em frascos de vidro
Encaneço alguns fios
enevo-os, perco as vontades
emprenho as idades -
amanheço pré-histérico
gastando lápis
na ausência de brinquedos
- Para o ontem ainda é cedo,
dizem as bruxas
Goulart Gomes
Enviado por Goulart Gomes em 09/03/2007
Alterado em 13/10/2016