Volto a nomear este meu sítio de Território Inimigo.
Essa expressão, que é o subtítulo do meu livro LINGUAJÁ, já foi utilizado anteriormente, em uma outra homepage minha.
Quando penso que os idiomais e as literaturas ajudaram a construir os territórios, os limites, as fronteiras e, a partir daí, a noção do que é do outro, diferente, estranho, estrangeiro, sucumbo à constatação de que a palavra é e sempre será um território inimigo.
O texto literário é o território do outro - o escritor - no qual adentramos e instauramos o nosso assentamento, a nossa ocupação.
Como leitores, invadimos; como escritores, compartilhamos.
Mas cada território inimigo é cheio de mistérios, segredos, armadilhas, de emboscadas, de arames farpados que precisamos transpor se quisermos fazer dele algo também nosso.
Parafraseando Caetano, para ficar apenas "contigo imigo".
Publicado por Goulart Gomes
em 17/02/2009 às 18h24