Neste fim de semana prolongado aproveitei para começar a leitura dos livros de FC brasileira que tenho acumulados em casa e estabeleci uma ordem cronológica.
Comecei por A Filha do Inca (anteriormente intitulado República 3000), de Menotti del Picchia, edição de 1949. Escritor do "mainstream", cuja obra principal é "Juca Mulato", foi um político de tendência fascista, diretor do do DIP-SP e membro da Academia de Brasileira de Letras.
Mesmo com o "romantismo" exagerado entre os protagonistas principais, o livro surpreende pelo caráter "científico", considerando as limitações da ciência de então. Mas Menotti consegue discorrer sobre teorias evolucionistas e antropológicas muito bem e, no campo da energia, chega a antever a transmissão de energia sem cabos ou condutores, em ondas, à semelhança do que prevê a física quântica para um futuro próximo.
A leitura é válida para percebermos que, mesmo tão pouco popular, a FC no Brasil tem antecedentes muito válidos e autores que a ela também se dedicaram, mesmo preferindo as formas "tradicionais" de produção literária, em todos os tempos.